Mulheres na Prefeitura do Rio – Siro Darlan

COLUNISTASPOLÍTICAMulheres na Prefeitura do Rio – Siro Darlan  MAZOLA9 horas ago 0  6 min read  22538

Por Siro Darlan –

O Rio de Janeiro é uma cidade plural, mas seu gênero é feminino. Ela é maravilhosa.

Ao longo de seus anos tem imperado o comando do machismo estrutural e tradicional alternando boas e más experiências. Mas a vocação dessas cidade é para ter o comando de uma mulher. O povo carioca vai ter em 2024 a oportunidade de fazer respeitar a maioria democrática e eleger para tomar conta de nossa casa uma mulher. A mulher comprovadamente é capaz de cumprir com qualidade várias jornadas no lar, no trabalho ou em qualquer tipo de atividade. Sabe separar e gerar ações e realizar tarefas.

Mulheres de olhares apurados para estar diante de situações adversas. O preconceito que ainda assusta a sociedade ainda machista que rotula mulheres como Dona de do Lar e auxiliadora do homem precisa ser vencido. No século XXI sabe-se que a luta feminina para dizer que são capazes e têm competência para dirigir o povo de nossa cidade tem que estar atento, forte e vigilante para mudar sua história reconhecendo a capacidade da mulher de ser Prefeita do Rio.

Ter mulheres no poder é uma questão de contar com representatividade de uma parcela da população marcada por um passado de discriminações, lutas e dificuldades. Existem muitas conquistas, mas ainda é preciso mais equidade. Ter mais representatividade na vida pública, política e social. É isso que as mulheres ainda buscam, já que ainda hoje sofrem com discriminação e desigualdade de direitos. Ao longo da história, a mulher conquistou o direito a falar em público, ao voto, ao divórcio e até mesmo ao trabalho fora de casa. Mesmo assim, hoje, apesar de serem maioria na população, as mulheres ainda têm menos representatividade na sociedade, principalmente em cargos eletivos.

Deputada Martha Rocha no heliponto da sede da polícia civil do Rio de Janeiro (crédito: Jorge Bispo)

O Partido Democrático Trabalhista tem em sua história vários exemplos de primazia nas conquistas das mulheres, um exemplo, é o voto feminino que passou a ser permitido a partir de 1932, após Getúlio Vargas promulgar o decreto nº 21.076, que aboliu as restrições de gênero, autorizando todas as mulheres a votarem de forma facultativa, sem contar que algumas posições de destaque no mercado de trabalho, vida pública e sociedade foram ganhando discretos espaços. Os números das últimas eleições tem sido promissores, mas ainda longe da conquista da igualdade representada na população.

Por uma questão de justiça social, representatividade e eficiência da democracia é que precisamos de mais mulheres no poder, que justifica sua fala ao dizer que as mulheres são a maioria da população brasileira e a minoria nos estados de poder. Há um hiato na realidade democrática, que sendo a vontade da maioria, não pode aceitar que as mulheres sendo a maioria na população, continue sendo a minoria na representatividade popular e espaços de poder.

O Executivo e o parlamento têm a necessidade de ter mais mulheres no comando, pois as mulheres vivenciam questões individuais que apenas elas sabem como administrar, como exemplo a saúde da mulher, maternidade, amamentação, necessidade de creches, educação dos filhos, violência física, psicológica, sexual, entre outras, e apenas com o olhar feminino é que se pode perceber tais necessidades. Precisamos de mulheres no poder gerenciando o orçamento público dos governos nas esferas municipais, estaduais e federais para destinarmos recursos que financiem políticas públicas que atendam as demandas não só das mulheres, mas de toda a sociedade, pois as mulheres têm plena sensibilidade para isso.

Por muito tempo as mulheres foram caladas, sofreram inúmeras formas de discriminação que se refletem até os dias de hoje e poder colocar cada vez mais mulheres no poder é ter a possibilidade de pagar uma dívida histórica para evoluirmos como sociedade. Mulheres sempre foram vistas como as responsáveis pelo trabalho doméstico, pela criação e cuidados com os filhos, como a executora da alimentação da família e como a esposa doce e preocupada, no entanto, de modo silencioso, mulheres anônimas lutavam, e ainda lutam, diariamente para que este estereótipo do gênero feminino seja modificado. Para que as mulheres tenham conseguido chegar no patamar em que se encontram hoje, foram séculos de lutas e persistências e, apesar de haver grandes mudanças, ainda há muito o que lutar para que elas conquistem os mesmos privilégios dos homens.

Martha Rocha com a mãe, Maria Emilia, e a irmã, Fátima (arquivo pessoal)

A história feminina é marcada por dores, silêncio e sofrimento, no entanto, graças ao trabalho árduo de grandes mulheres conquistamos ganhos para toda a classe que se perduram até os dias atuais, entre eles, o direito de cursar faculdade (1879); a permissão para o uso de anticoncepcional (1960); com o Estatuto da Mulher Casada, as mulheres não precisavam mais de autorização do homem para trabalhar (1962); a possibilidade de pedirem o divórcio (1977); o direito a licença maternidade de 120 dias (1988); a inscrição impositiva de cotas de 20% de mulheres em chapas eleitorais (1996); a proibição da lei que permitia que homens exigissem a anulação do casamento caso descobrissem que a esposa não se casou virgem (2002); a criação da Lei Maria da Penha (2006); aprovação da Lei do Feminicídio (2015); a obrigatoriedade de ao menos 30% das candidaturas partidárias serem destinadas as mulheres (2018) e 30% dos fundos eleitoral e partidário serem reservados ao público feminino (2021).

Embora as estatísticas demonstrem um cenário desolador, muitas mulheres conquistaram seu lugar no poder com graça, elegância e determinação. Elas se tornaram ótimos exemplos para a sociedade e realizam ações extraordinárias no Brasil.

Aqui, as mulheres são a maioria quando o assunto é empreendedorismo. Segundo o “Relatório Executivo Empreendedorismo no Brasil“, do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), publicado pelo Sebrae, a taxa de empreendedorismo inicial feminino é igual à do masculino (23%).

O PDT está pronto para mais uma vez mostrar ser vanguarda no empoeiramento feminino apresentando uma pre-candidata á Prefeitura do Rio que tem liderança política, tradição de comando, foi chefe da Policia Civil do Rio de Janeiro e é deputada estadual há vários mandatos, ganhou visibilidade por seus projetos inovadores e sua coerência com as bandeiras da democracia e o estado de direito, tem excelente visão da política social e trabalhista, é criativa e valoriza as ações e o empoeiramento das mulheres, com foco nos cuidados com a educação e proteção à infância e a juventude, além de ser uma mulher moderna, visionária e empreendedora.

As mulheres e todos os cidadãos que quiserem dar ao Rio esse presente devem assumir o compromisso com Marta Rocha para Prefeita.

SIRO DARLAN – Advogado e Jornalista; Editor e Diretor do Jornal Tribuna da imprensa Livre; Delegado de Prerrogativas da OAB-RJ; Ex-juiz de Segundo Grau do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ); Especialista em Direito Penal Contemporâneo e Sistema Penitenciário pela ENFAM – Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados; Mestre em Saúde Pública, Justiça e Direitos Humanos na ENSP; Pós-graduado em Direito da Comunicação Social na Universidade de Coimbra (FDUC), Portugal; Coordenador Rio da Associação Juízes para a Democracia; Conselheiro Efetivo da Associação Brasileira de Imprensa; Conselheiro Benemérito do Clube de Regatas do Flamengo; Membro da Comissão da Verdade sobre a Escravidão da OAB-RJ; Membro da Comissão de Criminologia do IAB. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do Jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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MAZOLA

MAZOLADaniel Mazola Fróes de Castro – Jornalista profissional (MTE 23.957/RJ); Editor-chefe do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Consultor de Imprensa da Revista Eletrônica OAB/RJ e do Centro de Documentação e Pesquisa da Seccional; Membro Titular do PEN Clube – única instituição internacional de escritores e jornalistas no Brasil; Pós-graduado, especializado em Jornalismo Sindical; Apresentador do programa TRIBUNA NA TV (TVC-Rio); Ex-presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Conselheiro Efetivo da ABI (2004/2017); Foi Assessor de Imprensa da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) e do Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ); Vice-presidente de Divulgação do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (2010/2013); Editor do jornal FAFERJ (Federação das Associações de Favelas do Estado do RJ); Editor do jornal do SINTUFF (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal Fluminense-UFF); Editor do jornal Folha do Centro (RJ); Editor do jornal Ouvidor Datasul (gestão empresarial e tecnologia da informação); Subeditor de política do jornal O POVO, Repórter do jornal Brasil de Fato; Radialista e produtor na Rádio Bandeirantes AM1360 (RJ). Também faz assessoria de Imprensa e projetos de Comunicação para empresas e organizações, atuando na criação de conteúdo e arquitetura de informação de sites e blogs.