Colegas,

Segunda-feira fui vencido por 95 a 78 votos num pleito memorável, onde a empolgação da disputa trouxe todos os desembargadores, alguns há anos renovando licenças de saúde, ao Tribunal Pleno.

Não há nada a lamentar, nem muito menos para reclamar sobre a lisura na contagem dos votos. 

Quem se submete ao escrutínio dos votantes tem que estar apto a vencer e perder com o mesmo comportamento. 

Para mim nada faltou, apenas os votos necessários para vencer.

O Henrique Figueira demonstrou que, como disse em sua última mensagem, viria para trazer tranquilidade para o Tribunal. Sei que ele é capaz de muito mais, especialmente com a colaboração dos titãs que militaram nessa vitória.

Tenho certeza que esses bem situados apoiadores muito ajudarão à futura Administração a cumprir suas promessas, que aliás não eram diferentes das minhas.

Não cairei no lugar comum de desejar sorte ao presidente eleito. Desejo sempre o melhor para o Tribunal. O Henrique Figueira, na atual situação política, é o mais apto para isso. 

Digo-lhes, por escrito e sob palavra de honra, que não tenho rancor dos que me difamaram e tentaram denegrir meu trabalho na Corregedoria Geral da Justiça. Para eles, o Misericordioso terá um lugar especial na Eternidade.

Finalmente, agradeço aos setenta e sete Magistrados que honraram a palavra dada. Os que não o fizeram devem ter tido seus motivos, mas isso é inerente a qualquer escolha eletiva. 

Mesmo assim agradeço a todos, na proporção da honradez de cada um, votantes ou não.

Continuarei minha carreira sendo quem sempre me esforcei ser: honesto, trabalhador e, antes de tudo, digno do honroso título de juiz ostentado pelos meus antepassados.

Agradeço a todos, especialmente àquelas que se expuseram para auxiliar na campanha. Elas sabem a quem me refiro. É o suficiente.

Muito obrigado!

Bernardo Moreira Garcez Neto, Corregedor-Geral da Justiça.