Neste ano em que completo 30 anos de efetivo exercício da advocacia criminal e 27 anos de docência superior em universidades de Direito do Rio de Janeiro, sinto-me absolutamente desconfortável, enquanto cidadão, e constrangido, como advogado, com o que estão impondo ao desembargador Siro Darlan.Tenho acompanhado e atuado, neste período, nos mais complexos casos e operações criminais do país, sem ter visto, até aqui, uma única situação semelhante, que causasse tanto constrangimento epistêmico.Conheço o desembargador Siro Darlan há muitos anos, uma pessoa amável, gentil, educada, mas, acima de tudo, um magistrado ético, justo, imparcial e honesto.Somente essas qualidades já seriam suficientes para o desembargador Siro Darlan ser discriminado por alguns de seus pares. Entretanto, há nele um sentimento, um comportamento que, para parte significativa dos seus colegas de toga, soa mal, lhe coloca à margem da magistratura, o fato de Siro Darlan ser um humanista, um homem humilde e que se importa verdadeiramente com o outro, sem tratar pessoas meramente como os números definidos numa distribuição processual, ele enxerga as vidas contidas em cada processo.Essa face humana e humilde do magistrado Siro Darlan é de conhecimento comum aqui no Rio de Janeiro, há décadas, e remonta à sua atuação perante a 1ª Vara da Infância e Juventude, notabilizando-se de norte a sul do país como um magistrado protetor de jovens pobres e periféricos, novamente causando repulsa e preconceito em pessoas insensíveis e supremacistas.Que cada leitor desse texto, os que me acompanham e confiam em mim, tenha a certeza de que o desembargador Siro Darlan está afastado por pura perseguição, pois as suas qualidades, especialmente a humanidade, humildade e a coragem de cuidar dos excluídos, promoveram a fúria visceral daqueles que só aceitam uma magistratura elitizada, fria e encastelada.Meu respeito, admiração e incondicional apoio ao amigo Siro Darlan !!James Walker Júnior