O TORQUEMADA DO SÉCULO XXI.

agosto 2020

Na Idade Média, a Inquisição Católica foi um instrumento utilizado para se contrapor a hegemonia católica. Pessoas eram presas, interrogadas, punidas e lançadas à morena fogueira. As torturas, tal como das delações premiadas, eram uma forma para induzir às confissões do que fizeram e do que não fizeram. Um dos mais temíveis representantes da Inquisição foi Tomás Torquemada, um frade dominicano espanhol, confessor da Rainha Isabel de Castela, que promoveu feroz caçada contra bígamos, agiotas, judeus, homossexuais, bruxas e hereges.

Geralmente, baseados em denúncias de fraca sustentação, os investigados eram presos e submetidos a interrogatórios nos calabouços da inquisição. Enquanto eram açoitados e torturados, Torquemada sussurrava suas preces. Entre as modalidades de torturas, tinham suas unhas arrancadas, a pele marcada com ferro em brasa e os dedos perfurados. Os julgamentos eram feitos geralmente em praça pública. Os fundadores da inquisição espanhola foram Fernando V e Isabel, a Católica que visava se livrar das minorias. A inquisição era um dos instrumentos de controle da justiça e do Estado.

Passados seis séculos, esse modelo continua empedrando os agentes do Estado e da Justiça. Numa sociedade, onde uma juíza, representante do poder branco e colonizador condena um ser humano em razão da cor de sua pele. Numa justiça que prende 70% dos apegados em razão da cor de sua pele. Numa justiça que persegue e submete a julgamentos públicos midiáticos aqueles que desejam ser fiéis às leis e a Constituição, surgem vários Torquemadas, com o chicote na mão para criar denúncias falsas ou de fraca sustentação e condenar à morte a reputação dos indesejados.

Inquisidores agem sempre à margem da lei, mesmo da lei de Deus, que gerou a VIDA e VIDA PLENA, e, falsos religiosos, e, muitas vezes em Seu Santo Nome perseguem e submetem a julgamentos públicos midiáticos a nova minoria. Promotores, sem qualificação nem competência, montam com sua Gestapo/Gaepe uma “colaboração” sustentada pela palavra de um bandido a serviço da gestapo/gaepe “de ouviu dizer que ouviu dizer” que uma certa decisão de liberdade fora negociada por 50 mil reais. Um insulto ao pseudo vendedor de sentenças. O Colegiado dá mesma decisão e concede ao mesmo paciente a liberdade, mas apenas o indesejado julgador de plantão foi “comprado” por dez moedas de ouro, traindo seu juramento de posse.

Todos negam os fatos, inclusive o delator comprado para colaborar, o paciente beneficiado e seu pai negam ter sido abordado por quem quer que seja, pago a quem quer que seja qualquer quantia. Mas Torquemada, mesmo sabendo que os promotores fraudadores e sua gestapo, não tinham competência para tais atos. Mas encontra no segue do grau, um outro procurador, transvestido de desembargador, para assim como se arruma uma namorada nova para casar com um moribundo e herdar sua pensão, homologar o documento que não lhe compete validar. Ainda assim, Torquemada, manda invadir com o vírus do Covid 19, a casa do perseguido julgador não apenas uma mais duas vezes e soma a isso o “vazamento” intencional para o Grupo Globo, a quem serve como um vassalo para sentenciar a morte antecipada da reputação de seu torturado. Arranca suas unhas e marca a ferro e fogo sua reputação de corrupto. Na palavra de JÓ 4,8 “Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal cegam, isso mesmo”.

O ímpio Torquemada, não se sabe por quais motivos, mas certamente para impedir que eu continue sendo aquele que sou, afastou-me de minhas funções conquistadas por concurso público e galgada sem qualquer troca de favores reais, ou negociatas com os nobres do poder, nunca me ajoelhei para os nobres governantes nem fiz aliança com o poder econômico ou servi ao poder midiático. “Bem sabes que não sou ímpio; todavia ninguém há que me livre de tua mão.”Jó,10,7. Retirastes meu passaporte e todos os meus bens bloqueastes, meus rendimentos reduziram-se à metade. O que pretendes, matar a mim e minha família de fome e vergonha? Não cumpres com teus deveres legais e processuais, ages como sócio da acusação, dando prazo superior à de minha defesa e não aprecias os pedidos que apontam fraudes e nulidades. “Tu renovas contra mim as tuas testemunhas, e multiplicas contra mim a tua ira;” Jó,10,17. Porque não afirmas teu impedimento com tanto ódio explícito. Que julgador imparcial és tu?

Por que te acovardas e não satisfeito em me ferir, feres meu filho, sem acusação, sem fato típico, sem ter sido ouvido, assim como não fomos nenhum dos investigados, passados quase um ano de suplício e tortura? Porque mandastes invadir minha casa e o sagrado recinto de trabalho não apenas uma, mas duas vezes? Não tens prova de nada? Queres colher provas para os sofrimentos antecipados que nos brinda? “Ouvi agora a minha defesa, e escutai os argumentos dos meus lábios. Porventura por Deus falareis perversidade e por ele falareis mentiras? Fareis acepção da sua pessoa? Contendereis por Deus? Ser-vos-ia bom, se ele vos esquadrinhasse? Ou zombareis dele, como se zomba de algum homem? Certamente vos repreenderá, se em oculto fizerdes acepção de pessoas. Porventura não vos espantará a sua alteza, e não cairá sobre vós o seu terror? As vossas memórias são como provérbios de cinza; as vossas defesas como defesas de lodo. Calai-vos perante mim, e falarei eu, e venha sobre mim o que vier.” Jó 13:6-13

Seja lá a quem você esteja servindo, sejam seus companheiros de jornada de nepotismo e aproveitamento das verbas públicas para justificar “penduricalhos”, o que não deixa de ser um ato de corrupção, seja para proteger aqueles que assaltaram os cofres públicos em troca do silêncio obsequioso de promotores, procuradores e magistrados, seja à doutrina racista e fascista de eliminação dos indesejáveis, seja para manter o rígido sistema do “toma lá dá cá” que promove magistrados na carreira ou pelo quinto dos favores que se caracterizaram pelos agrados à nobreza palaciana, sobretudo com beijos ao Louboutin e o aproveitar a passagem do cavalo encilhado.

A frase que mais ouço dos queridos amigos é: Vai passar! e, agora, depois da leitura do Livro de Jó, me encho de confiança e  reproduzo: “O seu coração é firme como uma pedra e firme como a mó de baixo. Levantando-se ele, tremem os valentes; em razão dos seus abalos se purificam. Se alguém lhe tocar com a espada, essa não poderá penetrar, nem lança, dardo ou flecha. Ele considera o ferro como palha, e o cobre como pau podre. A seta o não fará fugir; as pedras das fundas se lhe tornam em restolho. As pedras atiradas são para ele como arestas, e ri-se do brandir da lança;” Jó 41:24-29